"Ajude-me!
Suplico a qualquer um de vocês do panteão:
Não me deixem sem ela!
Não deixe minha vida ser em vão!
Trago-lhes vinho, cevada e frutas
Cestas de pão, cachos de uvas
e um pouco de minha amargura
Deuses! Santos!
Dêem-me suas armaduras!
Chega de choro, pranto,
não os tenho usura
de ofertar se for preciso tudo o que tenho,
apesar de tudo o que tenho não ser mais meu
Não importa isso para um Deus, certo?
Mas me ajudem! Dá-me benção, batizem com cetro,
a não ser que queiram me fazer padecer no inferno!
Pois inferno é o que tenho nessa vida:
Enquanto não beijar aquela boca
minha alma não estará viva."
Beijo fiado
"Eu quero abocanhá-la de uma vez só
Quero suspiros, gemidos,
Quero sentir o calor, beber teu suor
Me afogar nesse desejo exposivo
Que rasga minha carne e ferve meu sangue!
Quero tê-la nos meus braços e pernas, por apenas alguns instantes
Instantes esses que tecem uma longa história...
Ah... deite-se no meu cansaço agora...
Trague teu cigarro invisível
E preencha meu peito com esse tal combustível
Que usa do coração como pistão, e pulsa
Bate, e faz minha vida prosseguir,
Até a próxima esquina.
Até onde eu sei que vamos existir
Seja no mundo à distância
Seja no futuro recente
Mas esse querer não vai passar...
Ah.. não vai passar...
Essa falta e carência iminente...
Deite-se aqui! Mostre seus dentes
Sorriso picante que adormece-me por inteiro.
Felicidade completa que preenche meu mundo verdadeiro.
Vem pra mim, eu te quero."
Quero suspiros, gemidos,
Quero sentir o calor, beber teu suor
Me afogar nesse desejo exposivo
Que rasga minha carne e ferve meu sangue!
Quero tê-la nos meus braços e pernas, por apenas alguns instantes
Instantes esses que tecem uma longa história...
Ah... deite-se no meu cansaço agora...
Trague teu cigarro invisível
E preencha meu peito com esse tal combustível
Que usa do coração como pistão, e pulsa
Bate, e faz minha vida prosseguir,
Até a próxima esquina.
Até onde eu sei que vamos existir
Seja no mundo à distância
Seja no futuro recente
Mas esse querer não vai passar...
Ah.. não vai passar...
Essa falta e carência iminente...
Deite-se aqui! Mostre seus dentes
Sorriso picante que adormece-me por inteiro.
Felicidade completa que preenche meu mundo verdadeiro.
Vem pra mim, eu te quero."
Ausência cotidiana
"Pensar que sou alguém que não precisa de carinho
é uma tremenda hipocrisia!
Dizer que sou santo, puro
Não passa de meio quilo de heresia
Se eu pudesse, todo dia
sem medo algum eu te diria:
Fique nua de suas tristezas
se desfaça da sua avareza
e cale essa boca insana
que grita algo inaudível.
Ah, mas que poeta insensível!
Aliás, eu diria "plausível"
Pois tentar esconder verdades implícitas
Não é uma atitude desprezível...
Bem, eu tenho meus joguetes
alguns que me ferem...
machucam...
Sim, eu tenho meus macetes!
Para conseguir o que quero, uso de minha lábia
E para fazer alguém feliz, uso meu dom
E resumiria tudo assim:
Eu te amarei obstante o que tu sejas:
Uma santa imaculada, ou uma puta de batom."
é uma tremenda hipocrisia!
Dizer que sou santo, puro
Não passa de meio quilo de heresia
Se eu pudesse, todo dia
sem medo algum eu te diria:
Fique nua de suas tristezas
se desfaça da sua avareza
e cale essa boca insana
que grita algo inaudível.
Ah, mas que poeta insensível!
Aliás, eu diria "plausível"
Pois tentar esconder verdades implícitas
Não é uma atitude desprezível...
Bem, eu tenho meus joguetes
alguns que me ferem...
machucam...
Sim, eu tenho meus macetes!
Para conseguir o que quero, uso de minha lábia
E para fazer alguém feliz, uso meu dom
E resumiria tudo assim:
Eu te amarei obstante o que tu sejas:
Uma santa imaculada, ou uma puta de batom."
A-neural.
"Quando lhe vi senti frio na espinha,
Algo ressoava, me furava, sentimento que agoniza
Passa por dentro dos ossos, merda de vida mesquinha
Prazer que regenera, prazer que aterroriza.
Torpe, deito-me ao seu lado
Falo de amores que escoam pelo ralo
E depois de tanto desabafo, me indago:
O que diabos eu estou fazendo aqui?
Nesse mundo azedo, onde perco a vontade de sorrir?
Nessa mente podre, que preferia nem existir
Minha própria consciência me condena!
Me sinto digno de pena.
Que vontade de morrer...
Pecado capital é não te ter,
Errar o alvo é desistir,
Um dia à mais com ela, não conta,
Nem por hoje, nem pelo por vir."
Algo ressoava, me furava, sentimento que agoniza
Passa por dentro dos ossos, merda de vida mesquinha
Prazer que regenera, prazer que aterroriza.
Torpe, deito-me ao seu lado
Falo de amores que escoam pelo ralo
E depois de tanto desabafo, me indago:
O que diabos eu estou fazendo aqui?
Nesse mundo azedo, onde perco a vontade de sorrir?
Nessa mente podre, que preferia nem existir
Minha própria consciência me condena!
Me sinto digno de pena.
Que vontade de morrer...
Pecado capital é não te ter,
Errar o alvo é desistir,
Um dia à mais com ela, não conta,
Nem por hoje, nem pelo por vir."
Hopes and Fears
"Amada
Doi não lhe ter aqui perto
corta meu peito como uma navalha
não poder enchugar sua lágrima e, é certo
não quero que chores por nada
pois, se não estou ai, como vou saber se choras de felicidade ou tristeza?
Como, à distancia, sentirei se elas caem com o peso do mundo ou descem como ceretezas
de que juntos, não precisarás chorar mais.
Oh água que escorre dos olhos, deixe-a em paz!
Me sinto fraco em te ver com o nariz vermelho
e ser culpado de te deixar assim, sem jeito
por essa minha mania de rimar qualquer coisa!
Sinta-se bem, pense que é breve,
logo contigo eu ficarei
e se a eternidade ainda é pouco, como falei
vamos deixar que toda história do mundo nos carregue
como dois jovens amantes que, por um sentimento forte
viveu aos trancos e barrancos uma vida alegre."
Doi não lhe ter aqui perto
corta meu peito como uma navalha
não poder enchugar sua lágrima e, é certo
não quero que chores por nada
pois, se não estou ai, como vou saber se choras de felicidade ou tristeza?
Como, à distancia, sentirei se elas caem com o peso do mundo ou descem como ceretezas
de que juntos, não precisarás chorar mais.
Oh água que escorre dos olhos, deixe-a em paz!
Me sinto fraco em te ver com o nariz vermelho
e ser culpado de te deixar assim, sem jeito
por essa minha mania de rimar qualquer coisa!
Sinta-se bem, pense que é breve,
logo contigo eu ficarei
e se a eternidade ainda é pouco, como falei
vamos deixar que toda história do mundo nos carregue
como dois jovens amantes que, por um sentimento forte
viveu aos trancos e barrancos uma vida alegre."
Pense em mim
Diga uma palavra
Suspire
Ou diga que me mata
Espere
E olhe ao redor
Sinta
No seu rosto o meu suor
Exale
O calor q sai de dentro
E deixe
Seu desejo pairar sobre o vento
Emplore
Pra que eu não te deixe
E minta
para que eu não me queixe
Viva
Esse sonho a miúde
E durma
Sonhe, um sonho que não me ilude
Pois é real."
Diga uma palavra
Suspire
Ou diga que me mata
Espere
E olhe ao redor
Sinta
No seu rosto o meu suor
Exale
O calor q sai de dentro
E deixe
Seu desejo pairar sobre o vento
Emplore
Pra que eu não te deixe
E minta
para que eu não me queixe
Viva
Esse sonho a miúde
E durma
Sonhe, um sonho que não me ilude
Pois é real."
Não pensei que era capaz de escrever um conto.
O devorador de sonhos.
Acordei meio zonzo. Era cedo ainda, não estava na hora de ir. Tentei Lembrar o que tinha sonhado. Não recordei sequer o tema desta noite – Sexo, amor, romance, terror, drama e etc. Drama não foi, eu teria acordado chorando... Tampouco sexo, não estava de pau duro.
Lembrei do rosto dela... Foi um romance.
Muitas pessoas se autodenominam devoradoras de livros, devoradoras de filmes. Eu atribuo a mim o título de devorador de sonhos.
“Devorar” é um termo um tanto quanto ambíguo e, por isso, se encaixa tão bem nesses adjetivos compostos. Eu não quero falar dela agora.
Fiz minhas abluções e tentei lembrar o que precisaria fazer hoje por aqui. Irônico: ao mesmo tempo em que eu tinha tantas coisas para serem feitas me parecia tudo inútil. Previsivelmente um dia feito de coisas inúteis é um dia inútil.
Lembrei que ela sorria muito toda vez que eu falava alguma coisa, qualquer coisa. Não lembro o eu estava dizendo, também não sei se vale à pena lembrar.
Ser um devorador de sonhos te dá muitos “poderes”, a um alto custo. Você se torna dependente do que devora ao ponto de passar o dia pensando “hoje quero um sonho que tenha anjos” e esperar que tudo lhe venha de bandeja, como em um banquete.
Eu não sabia por onde começar: ligar o computador, comer alguma coisa talvez... Sair à procura de dinheiro. A fome rugia mais alto, mas mesmo assim não quis comer.
Freud dizia muitas coisas a respeito dos sonhos, algo como “os sonhos são uma mistura das experiências cotidianas com as vontades do sonhador”. Sonhador... Não sou um sonhador exímio, sou realista até demais. No entanto meu prazer ao devorar um sonho é magnânimo.
Sonho:
“Estávamos confortáveis, riamos muito por pouca coisa. Falávamos de coelhos e seus milhares de filhotes. Eu explicava o porquê dos golfinhos se acasalarem mesmo fora do período reprodutivo. De repente alguém bate na porta. Quem apagou a luz? – pergunto furtivo e, em uma fração de segundo ela some. Não verti lágrima alguma.
Respiro aliviado após mais um sonho devorado. “Não era romance, era drama.”
Alexandre Aristides Nicolichi
Acordei meio zonzo. Era cedo ainda, não estava na hora de ir. Tentei Lembrar o que tinha sonhado. Não recordei sequer o tema desta noite – Sexo, amor, romance, terror, drama e etc. Drama não foi, eu teria acordado chorando... Tampouco sexo, não estava de pau duro.
Lembrei do rosto dela... Foi um romance.
Muitas pessoas se autodenominam devoradoras de livros, devoradoras de filmes. Eu atribuo a mim o título de devorador de sonhos.
“Devorar” é um termo um tanto quanto ambíguo e, por isso, se encaixa tão bem nesses adjetivos compostos. Eu não quero falar dela agora.
Fiz minhas abluções e tentei lembrar o que precisaria fazer hoje por aqui. Irônico: ao mesmo tempo em que eu tinha tantas coisas para serem feitas me parecia tudo inútil. Previsivelmente um dia feito de coisas inúteis é um dia inútil.
Lembrei que ela sorria muito toda vez que eu falava alguma coisa, qualquer coisa. Não lembro o eu estava dizendo, também não sei se vale à pena lembrar.
Ser um devorador de sonhos te dá muitos “poderes”, a um alto custo. Você se torna dependente do que devora ao ponto de passar o dia pensando “hoje quero um sonho que tenha anjos” e esperar que tudo lhe venha de bandeja, como em um banquete.
Eu não sabia por onde começar: ligar o computador, comer alguma coisa talvez... Sair à procura de dinheiro. A fome rugia mais alto, mas mesmo assim não quis comer.
Freud dizia muitas coisas a respeito dos sonhos, algo como “os sonhos são uma mistura das experiências cotidianas com as vontades do sonhador”. Sonhador... Não sou um sonhador exímio, sou realista até demais. No entanto meu prazer ao devorar um sonho é magnânimo.
Sonho:
“Estávamos confortáveis, riamos muito por pouca coisa. Falávamos de coelhos e seus milhares de filhotes. Eu explicava o porquê dos golfinhos se acasalarem mesmo fora do período reprodutivo. De repente alguém bate na porta. Quem apagou a luz? – pergunto furtivo e, em uma fração de segundo ela some. Não verti lágrima alguma.
Respiro aliviado após mais um sonho devorado. “Não era romance, era drama.”
Alexandre Aristides Nicolichi
As vezes...
"Onde estão minhas vastas emoções?
Onde guardo meus pensamentos imperfeitos?
Me diga, cadê a meia dúzia de planos?
Morreram? Estão debaixo dos panos?
Devaneio.
Amassei aquele papel...
Onde estava escrito
Tudo aquilo que, por vergonha
Preferi não te mostrar...
Foi um sonho...
Nele você vinha
Muito quente
Muito marrom
E me beijava rindo...
Como se tal dom de conquista fosse de praxe
E disse em meu ouvido: "durma"...
Adormeci e me vi sozinho
Normal, tudo aquilo.
Mas ao acordar... Você estava ali
Sim era você, minha amada
Como não amar seus grandes olhos fixos?
Como não me sentir o maior do mundo
Tendo sua bochecha em meu peito?
Sim amigo, é um sonho dentro de um sonho.
Não é só meu, é sonho ambíguo.
Sei de várias historias em comum.
Mas de qualquer forma, foi meu sonho
Parafraseado em toscos versos.
Tão efêmeros... Duram pouco...
Duram uma eternidade.
Onde guardo meus pensamentos imperfeitos?
Me diga, cadê a meia dúzia de planos?
Morreram? Estão debaixo dos panos?
Devaneio.
Amassei aquele papel...
Onde estava escrito
Tudo aquilo que, por vergonha
Preferi não te mostrar...
Foi um sonho...
Nele você vinha
Muito quente
Muito marrom
E me beijava rindo...
Como se tal dom de conquista fosse de praxe
E disse em meu ouvido: "durma"...
Adormeci e me vi sozinho
Normal, tudo aquilo.
Mas ao acordar... Você estava ali
Sim era você, minha amada
Como não amar seus grandes olhos fixos?
Como não me sentir o maior do mundo
Tendo sua bochecha em meu peito?
Sim amigo, é um sonho dentro de um sonho.
Não é só meu, é sonho ambíguo.
Sei de várias historias em comum.
Mas de qualquer forma, foi meu sonho
Parafraseado em toscos versos.
Tão efêmeros... Duram pouco...
Duram uma eternidade.
Cold Shadow
"Tosse, vento e cuspe
Ilustre senhor doente
Eis-me ai, impotente
Morro,alguém me busque!
Brusco, acordo à noite
Durmo, tossido como foice
Sangra, rasga minha garganta
Oh que coisa, já é de manhã.
E não dormi se quer dez minutos
Pego o violão, acorde diminuto
Tentei uma música, dor de cabeça
Solto-o, quero remédio
Mesmo que eu não mereça
Na verdade eu só queria um abraço
Daqueles que curam qualquer doença."
Ilustre senhor doente
Eis-me ai, impotente
Morro,alguém me busque!
Brusco, acordo à noite
Durmo, tossido como foice
Sangra, rasga minha garganta
Oh que coisa, já é de manhã.
E não dormi se quer dez minutos
Pego o violão, acorde diminuto
Tentei uma música, dor de cabeça
Solto-o, quero remédio
Mesmo que eu não mereça
Na verdade eu só queria um abraço
Daqueles que curam qualquer doença."
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