Sundastrike

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Nínguém além de suposições.

Você não Merece

"Tento falar de amor
Tento expressar compaixão, caridade
 Mas por essas esquinas, desta cidade
 Só penso em gritar, velar minha dor
 Saudade que sinto de lá
 Sigo a procurar..
 Um dia vou encontrar
A cura pro que me faz chorar
 É grande a perda mas não irremediável
Sinto saudade sim
 Sou forte,
Venço o cansaço
Luto e voltarei
 Pros braços da pequena
 que sozinha eu deixei."
Parece que a dor é um combustível
Que quando explode, faz-se audível
Entre mil galáxias e universos
Entre um ciume secreto e um verso
A dor me parece aceitável
E queria eu não me importar tanto

Se eu pudesse escolher o que ver
Seria fácil fugir dos meus problemas
Mas nem sempre tudo é assim:
Temos ódio, temos pena,
Temos e tememos
Somos cromossomos
Somos humanos
Frágeis e sentimentais
Somos a desgraça da terra
Seres banais.

Perdão.

Peço perdão a todos vocês.
Mas na verdade eu preciso me perdoar primeiro.
Não sei o porquê, parei de compor
Talvez seja culpa da rotina...
Culpa do amor?
Se era justamente ele que me trazia as palavras.
Não entendo mais nada.
Quem sabe eu volte um dia.
Um dia, talvez.

A dor dos vazios

"Desde que abri os olhos da alma
começei a enxergar dores em cores vibrantes.
Comecei a degustar reais desabores,
e leais e suntuosos amores.
Me senti gigante.
Me senti ofegante.
Muitas vezes me senti só.

No entanto, um sábio me disse muito,
muita coisa sobre sonhos vividos
alguns contos desinibidos
e me deixou tal lição indescritível:
'A vida é um tolo devaneio,
faça dela um bom passeio
ou ela mata você.'
E até hoje fico sem entender
O que aquele velho queria me dizer...

Se a dor dos vazios é o que me toma de assalto
Levanto as mãos pro alto e peço piedade
Mas pedir pra quem mesmo?"

Não sei

"Às vezes tenho a sensação de que perdi para mim mesma
por mais difícil que seja
foi fraqueza, foi tristeza,
sempre digo a quem quero bem
ou até mesmo à quem não me convém:
Se ame! amor próprio faz bem
mas o que eu sei sobre isso?

E eu que sempre esbanjei risos
até mesmo quando haviam riscos
e eu que sempre alimentei esperanças
sempre com meu espírito de criança!
Agora... onde foi pousar?
Aquela força...
eu preciso usa-la contra mim.

Talvez eu tenha usado demais para segurar a barra que não era minha
e hoje não sobrou nada para amenizar o que sofro,
agora só existe choro e
quando estou a sós comigo mesma
peço conselhos, mas nada é concreto
eu mais me atrapalho do que ajudo.

Já não sei com o que devo sonhar
e eu que sempre procuro respostas pra tudo
cheguei a tal conclusão do que sei:
eu não sei nada,
eu sinto!
Sinto o amor
que me faz chorar, fraquejar.

Apenas por um único motivo
é cansativo
você ai... tão incansável
eu amo mais você do que a mim mesma,
é triste...
amor próprio é tão fundamental!
Sou tão sentimental!
Ah! Eu sempre fujo com a mesma...
"faça o que falo não o que faço".

Feito por Rafaela de Souza.

"Canção Desesperada"

"Acordei, e vi o mundo de ponta-cabeça
Olhei pro lado, você não estava
Tentei chorar mas a lágrima mascou
Tentei gritar, mas a voz no peito ficou
E doeu...

Não me sinto triste nem confuso
Atordoado, talvez...
Saudade machuca...
Sua falta crava no meu rosto
Uma tal expressão diferente...
As vezes de esperança...
As vezes de loucura
Te amar assim é um martírio
Pois dividir você com o mundo
É uma dor inexplicavel.
Amar você assim é inexplicável
É desesperado"

A cura

"A vida tem me dado a cura.
É estranho
antigamente ela so me dava torpor
Me beijava e me batia
mergulhava-me no alcool,
na fúria,
na dor.

Mas hoje em dia ando tão sereno
Ouço legião e já nem doi tanto
Me vejo mais homem, mais moreno
E mesmo assim, realmente não entendo
como pode secar assim todo meu pranto?
Como pude de servo virar rei?
Como pude de moribundo virar galante?
Eu não sei...
Nunca soube viver assim
Mas tem sido bom pra mim
As vezes acordo cansado
Mas isso é só coisa de adulto
Eu entendo, não chega a ser absurdo."

Te amo tanto quanto um tanto bom.

"Se soubesses como me dói acordar sozinho...
No pranto matinal é que se esvai toda minha força
e vago o dia como um náufrago em alto mar
que espera pelo socorro, mesmo sabendo que não vem...

Sofro a dor de quem te ama tanto
e vive a vida sonhando e fazendo desvarios
largando tudo, atravessando rios...
por que tenho que ficar a ver navios?
Sim, todo dia te amar é o meu fardo,
pois tu és toda minha
mas não te tenho do meu lado
e nesse amor em pedaços
continuo sofrendo calado
pois o dia não começa
enquanto não te dar um afago.

Passa dia e nós dois rimos de tudo
mas no final uma lágrima é quase que inevitável
e o sofrimento...
incalculável
quando vou dormir
choro e sorrio como uma criança tola
que ao lembrar do carinho que teve
dorme á toa
e quando acorda...
fica boba
esperando a senhora felicidade voltar..."

Longe do centro

"Abri meus olhos hoje
e por mais uma vez suspirei.
Praguejei sua ausência como de praxe,
orei,
não chorei.
Chega de lágrimas vãs.
Mas na verdade tudo isso
não passa de inutilidades necessárias,
nem mesmo é o que sinto de verdade
mas se não fossem esas pequenas coisas...

Muito do meu dia me leva pra longe do centro
e me perco por algumas horas
e quando me acho
refaço todo o caminho
relembro de todos os planos
eles ainda são os mesmos dentro de mim.

De minha janela, vejo as crianças
e confabulo o dia em que verei as nossas.
É precoce, mas é tão essencial.
Não sei o que seria de mim sem meus devaneios."

Canto

"Mais uma vez nasce o sol,
acordo e vejo aquele canto:
canto de quarto,
sujo, escuro e empoeirado,
mas ele sabe tanto...
Recordações.São só recordações.
Toda vez que estamos juntos
lá, naquele canto
sinto que ele nos espia
e anota nas paredes (que são seu corpo),
toda nossa historia,
pra no outro dia, assim que eu acordar,
vir correndo me contar, como uma criança admirada
que pela primeira vez viu o amor em carne e osso.
Ah, canto de quarto
se soubesses como sofro quando me contas isso.
a dor da ausência as vezes supera a esperança de um novo dia."