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Nínguém além de suposições.

Realidade Paramétrica

"Eis o teorema de mi'vida.
Somando todas as minhas escolhas
E Subtraindo as ruins
Não vejo razão racional pra continuar nesse conjunto
Onde as pessoas vivem em bolhas
Multiplicando sua avareza, e dividindo sua vida
Em três fases distintas:
O limite
O derivado
A integral.

As pessoas vivem calculando suas possibilidades:
De ser dar bem...
De ter riquezas..
De ter poder...
E se esquecem da real importância de se confiar no infinito - único lugar onde os sonhos sempre poderão existir.
No entanto...
O ser humano se expõe a subordinação
Vivem em função do nada
Do trabalho exaustivo
E acabam por sofrer, por sempre estarem no seu limite.

Mas não ha ser humano vivente
-Digo vivente pois existem alguns que se negam a tal dom-
Que consiga suportar seus limites
Sem que haja algo pra se derivar:
Um bar,
Um conjuge,
Um tiro na cabeça,
Enfim, é o fim da autenticidade
Todos se derivam em algo:
Moda,
Tendência
Ilusões televisivas.
Céus! Eu preciso fugir disso tudo
Mas mesmo que eu tentasse sair pela tangente
Acabaria me derivando em alguma coisa.

E o grande ás da vida é esse:
Será que vivi tudo que tinha pra viver mesmo?
Será que consegui alcançar a satisfação a niveis exponenciais?
Será que criei raízes suficientemente firmes e racionais?
Enfim, será que o limite que fui forçado a viver
Ou as derivadas que tive que escolher para dar continuidade na minha vida
Me fizeram um ser inteiriço?
Será que sou realmente integral?
Questões que nem mesmo Newton poderia responder
E digo mais, não há relato em qualquer livro
Seja de cálculo ou outro tema qualquer,
Para resolver toda essa matemática da vida real,
E pra saber se sua vida valeu mesmo a pena
Só existem dois caminhos:
Ou espere alguém escrever sua bibliografia
Ou viva sua vida intensamente
E se você se perder nas contas,
Volte ao princípio
E comece tudo denovo
Pois apesar de você poder recomeçar muitas vezes,
Essa é uma conta que você só pode terminar uma vez."

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